O filme por
Otoniel Serra
Conheci Rogério Sganzerla através de Helena Ignez, minha amiga e ex-colega da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.
Em 1970, quando eu tinha 30 anos, Rogério me convidou para filmar com ele. Fiquei ansioso. Começamos pela favela. Aos poucos fui me integrando com a equipe. Me sentia muito bem.
“Copacabana, Mon Amour” abriu todas as portas da minha coragem, da minha sensibilidade. Me entreguei de corpo e alma. Fazia coisas que nunca imaginei e me sentia muito bem. Rogério me incentivava sempre. Agradecia à Deus por tudo o que estava me acontecendo. Às vezes parecia uma brincadeira, mas era tudo muito sério.
Tudo tinha um sentido verdadeiro, político. Através de Rogério Sganzerla e de “Copacabana, Mon Amour” me descobri verdadeiramente como um ator de cinema. O que sou até hoje.
Obrigado, Rogério!